Ser construtores de paz
Neste contexto, o Corpo Diplomático afirma estar “pronto para responder afirmativamente” ao apelo lançado pelo Papa “aos construtores de paz”, assegurando o entusiasmo com que estão “determinados a enfrentar”, junto com o Papa, “os inúmeros desafios que o mundo contemporâneo nos reserva”, afirmou Poulides.
Uma Igreja próxima da humanidade
“O Conclave”, continuou o decano, “sabiamente doou ao mundo um guia espiritual e moral que amadureceu sua sensibilidade numa experiência pastoral vivida em contato direto com os desafios do nosso tempo”, dentre eles a pobreza, a busca pela justiça e o respeito pela dignidade humana. O olhar de Leão XIV está voltado para o mundo, para suas periferias silenciosas, para as diferentes culturas nas quais “se reconhece o compromisso de uma Igreja que deseja se aproximar cada vez mais de toda a humanidade”. A esperança é que o pontificado, no Ano do Jubileu da Esperança, seja marcado pela paz, pelo amor e pela fraternidade.
A espiritualidade agostiniana
Recordando o Papa Francisco, cuja memória “permanece viva em nossos pensamentos e orações”, o decano se deteve na espiritualidade agostiniana do Papa e nas palavras do Bispo de Hipona, que ainda hoje são “a chave para abrir as portas da paz”, para superar “a lógica da indiferença e da oposição, para redescobrir o caminho da compaixão como fundamento do verdadeiro diálogo entre as nações, entre as religiões, entre os homens”.
Feridas abertas
“Vivemos tempos cada vez mais complexos”, enfatizou o embaixador, “onde a humanidade se mostra frágil, desorientada e em busca de um porto seguro”, com um futuro incerto em que o conhecimento se expande “graças à ciência e à criatividade”, mas onde “as preocupações morais e éticas da revolução da informática e da inteligência artificial” não faltam. O embaixador destacou a necessidade de empreender juntos um caminho de paz, “de construção de pontes para aliviar o sofrimento do mundo, para enfrentar os desafios da modernidade, reduzir as consequências cada vez mais devastadoras das mudanças climáticas, combater as desigualdades entre pessoas e populações que se alargam como feridas abertas, para ajudar os últimos, os indefesos e os esquecidos”.
Benedetta Capelli – Vatican News
Imagem capa: Vatican Media