O Conselho Episcopal Pastoral (Consep) da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) se reuniu nesta terça-feira, 13 de agosto. O órgão, que se reúne a cada três meses, é composto pela presidência Conferência, bispos que presidem as Comissões Episcopais e seus assessores. A reunião foi coordenada pelo bispo auxiliar de Brasília e secretário-geral da CNBB, dom Ricardo Hoepers.
Uma parte da manhã foi dedicada à análise de conjuntura social. O bispo de Carolina (MA), dom Francisco Lima Soares apresentou a análise de conjuntura na qual destacou alguns pontos como a permanência da polarização como ameaça à democracia e à própria comunhão na Igreja, a crise ambiental e climática, as guerras e o crescente aumento no número de pobres no Brasil e no mundo. O Papa Francisco e seu magistério, foi apresentando pelo bispo, como um líder e sinal de esperança para a humanidade.
Já a análise eclesial, coordenada por dom Joel Portella, representando o Instituto Nacional de Pastoral Padre Alberto Antoniazzi, o Inapaz, buscou aprofundar o tema: “profetismo em tempos de pós” e refletir sobre a pergunta: como ser Igreja sinal de Esperança nas diferentes realidades? A análise também refletiu a presença da polarização e das bolhas dentro da própria Igreja, o que se torna um desafio para a comunhão eclesial.
Em contrapartida, foi apontada a necessidade de a Igreja avançar mais na vivência das comunidades eclesiais missionárias, em manifestações institucionais frente aos problemas, buscando ser voz e dar a voz aos que não têm voz, especialmente os empobrecidos, ser mediadora criando rodas de conversa e de diálogo, como a experiência do pátio dos gentios, sobretudo entre quem pensa diferente e ter uma a ação mais proativa e de cooperação social.
A parte da tarde foi reservada para que os presidentes das 12 Comissões Episcopais e seus assessores fizessem os informes dos processos que estão em curso no âmbito pastoral de cada Comissão.
“Ouvir e compartilhar tudo isto é um privilégio para nós, porque nos dá uma visão ampla do que a CNBB é e faz no Brasil”, disse o arcebispo de Porto Alegre (RS) e presidente da CNBB, dom Jaime Spengler, após ouvir os relatos.
Outros pontos da reunião foram a elaboração dos objetivos gerais e específicos da Campanha da Fraternidade 2026, informes sobre a situação financeira da CNBB pelo Conselho Gestor, 2º Encontro Nacional de Assessores Jurídicos das Dioceses, orientações da CNBB – a partir do magistério da Igreja- sobre as eleições municipais 2024, Encontro Formativo com Coordenadores Diocesanos de Pastoral, reunião com os Secretários Executivos dos 19 Regionais em julho e a construção do Centro de Mídia Paulo VI da CNBB.
Por Willian Bonfim. Foto capa Paulo Augusto Cruz
CNBB